domingo, 26 de dezembro de 2010

Pequenos lapsos de felicidade


Quando eu tinha 6 anos de idade, estava no prezinho e precisava fazer um trabalho, que era responder um questionário com meus dados pessoais. Havia milhares de perguntas mas recordo-me especificamente de uma, a última, que era “Qual o seu maior sonho?”. Na época, eu respondi “Ser Feliz!”. Ser feliz é uma resposta simples, e até um pouco idiota, principalmente pra uma criança que não conhece a vida.

Digo isso porque muitas vezes nós conseguimos ter uma família fantástica e não ser feliz, namorar uma pessoa que realmente amamos e não ser feliz, ter muitos amigos incríveis e não ser feliz. Sorrir e se divertir se torna uma coisa para fazer nas horas vagas, e em todas as outras queremos apenas trabalhar, estudar, se fazer de vítima, arrumar um culpado para nossos erros e apontar defeitos nas pessoas.

Felicidade está nas pequenas coisas: levantar as mãos e gritar, plantar uma árvore e vê-la crescer, ver o pôr-do-sol ou o nascer dele, dizer bom dia para as pessoas que estão na rua, sorrir para um desconhecido, conhecer uma pessoa nova. Quanta coisa pode nos deixar feliz!

Em 2010 eu trabalhei em uma empresa, e neste lugar falavam que eu ria demais, minha tia uma vez disse que minha alegria chegava a irritar, porque contagia um lugar muito facilmente. Quem me conhece sabe que sou um cara que gosta de fazer piadinhas idiotas, que gosta de falar sobre assuntos que ninguém mais conversa, sabe que gosto de ajudar as pessoas. Quem me conhece sabe quem é o Fernando, alguns odeiam isso, outros adoram.

Posso dizer que hoje eu sou um cara feliz, um cara que sorri mesmo quando a situação deveria nos fazer chorar. Eu não sei se sou feliz porque um dia respondi um questionário, mas eu só sei que encarar a felicidade como um sonho possível me tornou um cara mais completo, e se eu pudesse responder novamente o questionário, daria a mesma resposta simples e idiota.

Um abraço galera e boas festas!

Fernando Lima

domingo, 21 de novembro de 2010

Cronikillan - Internet

Acordei, e notei que o notebook não havia sido desligado. O MSN aberto me incomodava com pessoas que não conheço que me chamavam. Deixei o status ausente, pois precisava dar uma passada no orkut.

Não gostava do orkut, pois descobri que as comunidades me revelavam, e minhas fotos não eram as melhores. Corri para o Facebook, pois adorava compartilhar minhas ideias e, modéstia à parte, elas eram as melhores. As ideias que eu resumia em poucos caracteres, postava no twitter.

O Twitter era a melhor das armas, mas todos sabiam o que eu fazia durante o dia por causa dele, me frustrei e excluí, mas era tarde demais. Então criei um blog com alguns nomes fictícios, mas logo fui descoberto, minha escrita na internet era inconfundível.

Enfim, tive que sair da internet e vi que nas ruas e avenidas as pessoas estavam todas desligadas, com fones de ouvidos ou fechadas em seu mundinho. Notei que o mundo estava tão conectado, mas ao mesmo tempo tão solitário, e sem a comunicação do mundo eu adoeci.

Adoeci tanto que acabei cedendo e morri. Mas não acreditei quando em minha lápide eu vi as inscrições: “Aqui jaz Fernando Lima, enfim, offline”.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Talvez não existam super-heróis, mascarados, que lutam pela justiça, que agem pelo bem, ou coisas semelhantes. Felizmente, não existem, também, super-vilões, que fazem mal pelo mal, e agem inescrupulosamente com poderes por motivos malignos.

Por que estou falando nisso? Você deve estar se perguntando. Estou falando nisso porque embora não exista super-heróis ou super-vilões. Existem heróis e vilões, pessoas que superaram tudo e que merecem ser honradas, mesmo que estejam em um nicho pouco explorado. E pra mim, Sylvester Stallone, o Rock Balboa, é um herói. Com 6 filmes, ele passou lições inesquecíveis.

Rocky – Um Lutador (1976)

“Eles não se lembram de você, se lembram da reputação” – Essa frase Rocky diz à Marie, uma menina que anda com maloqueiros, em seguida Rocky fala “Se você anda com gente boa, tem amigos bons, se anda com gente esperta, tem amigos espertos, se anda com gente imbecil, tem amigos imbecis”. Como é ser um herói? É chutar a bunda dos que são maus? Ou aguçar o lado bom dos que estão maus? Ser mau e estar mau é completamente diferente. E só um herói sabe disso!

Rocky 2 – A Revanche (1979)

O primeiro filme acaba com empate na batalha de Rocky Balboa com o campeão mundial Apollo Creed, que não aceita o fato de não ter vencido e humilha Rocky em rede nacional, instigando-o à revanche. Rocky aceita a nova luta, embora esteja com um dos olhos problemáticos, Rocky decidi parar quando descobre que sua esposa passou por mal estar graças à gravidez e ele não pôde estar junto para protegê-la, mas Adrian, esposa de Rocky, pede que ele vença. Rocky debilitado e sofrendo acata o que diz a esposa e vai para o ringue, por amor, embora leve desvantagem em 14 rounds, Rocky não desiste, afim de atender o pedido da esposa. Me falta adjetivos para definir o final do 15º round. Aos gritos de “Adrian, eu consegui” é quase impossível conter as lágrimas.

Rocky 3 – O Desafio Supremo (1982)

Embora seja um grande herói, Rocky Balboa também é um ser humano, e como um pensamento genuinamente humano, Rocky decidiu se aposentar. Entretanto, Clubber Lang, o número 1 do ranking não aceitaria que Rocky desistisse sem enfrentá-lo. Mickey, treinador de Balboa, sofre um golpe acidental de Clubber e acaba morrendo, é então quando Rocky desisti de tudo por medo, afinal o que decidi se vamos ser um vilão ou um herói nesta vida é a forma como somos treinado, e Rocky não tinha mais treinador, só sobrou o medo de perder tudo que tinha. Então eu pergunto: um herói pode ter medo? A resposta é simples: sim! Mas um herói deve ter coragem, e coragem não é se abster dos medos, mas enfrentá-lo. Um filme emocionante, de encher os olhos.

Rocky 4 (1985)

Um grande lutador de boxe aparece nos Estados Unidos, seu nome é Ivan Drago e leva consigo o império Russo da luta. Para uma batalha inicial Apollo decidi enfrentar Ivan, entretanto, é a última batalha do ex-campeão, que morre depois de uma seqüência incrível de golpes de Ivan. Rocky decidi vingar o amigo e vencer Ivan na Rússia. Ivan possui os equipamentos mais sofisticados para o treino intensivo já produzidos no mundo, entretanto, Rocky treina no meio da natureza, determinado e com a fúria no olhar para ganhar, não só uma batalha, mas a honra, e um país hostil. Dentre grandes lições, Rocky prova, mais uma vez, que o grande herói não luta apenas para vencer, luta por causas bem maiores: a amizade, a família, a gratidão.

Rocky 5 (1990)

Rocky ainda está atordoado da briga com Ivan Dragon, e sofre danos psicológicos. Por isso, não se vê preparado para novas brigas e decidi se aposentar. Entretanto, uma crise financeira o obriga a voltar para o que ele é acostumado: o boxe, mas dessa vez Rocky tenta assumir um papel que não é seu, o papel de treinador, inspirado completamente por Mickey, que foi o maior exemplo de um treinador que Rocky poderia ter. O filme gira em torno do grande drama familiar em que Rocky treina Tommy e acaba não dando tanta importância para seu filho, que sofre bullyng na escola. Embora seja um filme um tanto parado, vale a pena ver.

Galera, o filme Rocky Balboa (Rocky 6) foi uma experiência incrível, por isso, vou fazer uma postagem especial sobre ele em breve. Embora os filmes de Sylvester Stallone pareçam muito superficiais, com lutas e pancadaria infundada, esses filmes são de grande reflexão e a série Rocky pode ser interpretada como uma evolução de um personagem humilde, corajoso, guerreiro, enfim, a evolução de um grande herói.

sábado, 2 de outubro de 2010

Onde estão os brucutus?

Estou em uma fase, não sei se é bem uma fase, mas é algo muito “brucutu”. Se você não sabe o que é um brucutu, não se preocupe, acho que 90% da população mundial não sabe. Brucutu é como se define os filmes, ou histórias, em que um cara forte defende um ideal sozinho. É o caso de exterminador de futuro (com Arnold Schwazenegger) ou Rambo (com Sylvester Stallone), os filmes de Soldado Universal (com Jean Claude Van Damme) e do mais famoso Bradock, Delta Comando e Homem do Presidente (com Chuck Norris).

Entretanto, ser brucutu é ser um grande herói, os brucutus foram os caras que transformaram o cinema nas décadas de 70, 80 e 90. Hoje, infelizmente, sobraram poucos – Jason Statham é o principal deles, com grandes filmes como Adrenalina e Carga Explosiva. Nossa sociedade está ficando mais dócil, onde homens fracos derrotam homens fortes com poderes, ou outros recursos, tornando uma sociedade que vai a luta em uma sociedade que acredita em contos de fadas, onde o final sempre é feliz.

Esta semana eu me programei para assistir os 6 filmes em que Sylvester Stallone interpreta Rock, e em breve haverá uma postagem sobre isso, aguardem! Onde estão os caras fortes? Cadê os verdadeiros heróis?

Depois de tanto tempo sem postar nada, achei que esses caras mereciam um espaço aqui no blog, afinal, são os caras que eu e meu pai passávamos tardes inteiras assistindo as lutas e vitórias e também as derrotas. Um grande abraço!

sexta-feira, 12 de março de 2010

Pandora Sem Preconceito!

Dizem que depois de assistir Avatar em 3D, muitas pessoas ficaram depressivas e não queriam mais estar presas ao próprio corpo, eu fui uma delas.


Esses dias andando por Pandora, olha quem encontrei:


Pra ser sincero... adoro Pandora, lá ninguem é discriminado! =D

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Onde está Deus?

Depois de 6 ou 7 anos de Cristão, pela primeira vez pensei em sair da igreja, em jogar a toalha, em desistir da fé, em parar de lutar. Sei lá, as vezes o barco está virando e não temos força para lutar contra a maré, então pegar uma bóia e chegar à margem não é uma má idéia. Mas pensei, onde está Deus?

Alias, perguntar onde está Deus é só o que me vem à mente. Onde está Deus quando acontecem as injustiças, onde está Deus quando as pessoas são reduzidas a pó? Onde está Deus quando acontecem coisas que não são boas para ninguém? Deus está provando? Provando o que se Ele sabe até onde sou capaz de chegar? Onde está Deus?

As vezes queria vê-lo claramente, estar perto dEle e sentir-me perto dEle, sentir que Ele me quer perto dEle, ver que Ele também corre atrás de mim, e não que só eu tenho que isso atrás dEle. Onde está Deus?

Descobri uma coisa interessante. Chega uma hora na vida de todos que perguntamos onde está Deus, o problema que nessa hora a gente está de cabeça baixo, enxergando somente o mal, e a pouco tempo aprendi que enquanto eu olhar pra baixo, pro chão eu nunca vou encontrar Deus porque Ele nunca vai estar lá.

Deus, eu quero me desculpar por desconfiar de Você por algum tempo. AMEM!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Quando Brilha Uma Luz

20 de Fevereiro de 2010, puxa vida, não imaginava que demoraria tanto minha próxima postagem, na verdade estou querendo fazer um trabalho mais interessante com meu blog, quero fazer um PODCAST. Claro que pra isso vou ter que aprender de mexer em um monte de novos programas, mas isso é uma ajuda e tanto para quem não gosta de ler, que será só ouvir minha voz falando tudo que penso e acredito da vida.

No entanto, não é sobre o blog que vim postar hoje, até porque esses dias estava pensando em como um pequeno brilho é importante, eu, por exemplo, antes de beleza da pessoa, eu procuro achar um brilho nela, algo que a torne única, diferente dos demais, mas isso é tão difícil hoje em dia. Parece que quanto mais próximo de uma celebridade, melhor é o seu caráter, quando na verdade, é extremamente o contrário.

As pessoas acreditam que brilhar é o simples ato de ser popular, ser novo, ser inovador, ser muito bonito ou bonita, dar as novidades, ser a novidade. Isso, admito, faz as pessoas agirem como campeãs, faz as pessoas pensarem como campeãs, mas JAMAIS fará as pessoas serem campeãs.

O pensamento de hoje se resumi nisso, o que é preciso para ser um campeão? Dinheiro, beleza, alegria?... quando falo assim faz parecer que dinheiro e beleza são um erro, que todos deveriam ser feios e pobres, é MENTIRA, só estou falando que por mais que isso seja bom, você não deve perder o brilho por não tê-lo, é o erro natural do ser humano olhar primeiro a beleza, que se compõe em rostinho bonito e roupa de marca, e depois olhar para aquilo que realmente é lindo e aquilo que realmente deixa uma marca.

Tomara que o mundo aprenda de uma maneira mais branda aquilo que eu aprendi da maneira difícil: procurar beleza, nada mais é que furar os próprios olhos e decidir ser cego o resto dos dias. Te amo amigos, os bonitos e, também, os feios... todos ajudaram (e muito) na composição de quem sou hoje.