Acordei, e notei que o notebook não havia sido desligado. O MSN aberto me incomodava com pessoas que não conheço que me chamavam. Deixei o status ausente, pois precisava dar uma passada no orkut.
Não gostava do orkut, pois descobri que as comunidades me revelavam, e minhas fotos não eram as melhores. Corri para o Facebook, pois adorava compartilhar minhas ideias e, modéstia à parte, elas eram as melhores. As ideias que eu resumia em poucos caracteres, postava no twitter.
O Twitter era a melhor das armas, mas todos sabiam o que eu fazia durante o dia por causa dele, me frustrei e excluí, mas era tarde demais. Então criei um blog com alguns nomes fictícios, mas logo fui descoberto, minha escrita na internet era inconfundível.
Enfim, tive que sair da internet e vi que nas ruas e avenidas as pessoas estavam todas desligadas, com fones de ouvidos ou fechadas em seu mundinho. Notei que o mundo estava tão conectado, mas ao mesmo tempo tão solitário, e sem a comunicação do mundo eu adoeci.
Adoeci tanto que acabei cedendo e morri. Mas não acreditei quando em minha lápide eu vi as inscrições: “Aqui jaz Fernando Lima, enfim, offline”.
domingo, 21 de novembro de 2010
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